Um dos maiores desafios das empresas atualmente é a criação e retenção de boas equipas de trabalho.
Se há algum tempo atrás os departamentos de recursos humanos se dedicavam a procurar, atrair e reter profissionais sem critérios bem definido, hoje a procura já é mais focada e exigente quanto às características do candidato.
As empresas sabem que num mercado cada vez mais exigente e competitivo, o sucesso depende de uma Equipa com talento, profissional e acima de tudo comprometida e com valores alinhados com os da empresa.
É comum em anúncios de recrutamento ler-se a frase “Procuramos caráter, formamos talento”, e isto não é mais do que esse compromisso e alinhamento de valores. Nas empresas é valorizado cada vez mais o colaborador empenhado e a estabilidade da Equipa. O colaborador que faz o seu trabalho, mas sente que faz parte de algo maior, com sentimento de pertença a uma Equipa.
Mas se do ponto de vista da empresa a perspetiva mudou, do lado dos colaboradores a perspetiva também mudou.
Se há bem pouco tempo ouvíamos com frequência, “eu chego à hora, faço o meu trabalho e vou embora”, hoje em dia a conversa é outra.
O trabalho deixou de ser unicamente o local onde se vai ganhar o salário.
Trabalhamos pelo salário, que é sem dúvida uma parte importante da equação, mas não é tudo. O salário elevado como único fator de atração ou retenção de colaboradores também já é uma estratégia ultrapassada. Hoje fala-se também em salário emocional.
Uma pessoa comum durante a sua vida de atividade laboral, passa a maior parte do tempo no trabalho, por isso é bom e saudável que se sinta feliz, com um propósito, realizado e esteja num ambiente onde se sinta efetivamente bem.
É aqui que entra o salário emocional, e esse não vem na folha de vencimento.
As emoções não se podem comprar, despertar e promover emoções e sentimentos positivos, é um dos fatores mais importantes para o desempenho global da empresa.
Muito haveria para falar acerca deste tema do salário emocional. Na verdade, quando estamos no plano das emoções não podemos esquecer que cada indivíduo é único e que, portanto, os padrões de satisfação são também individuais, mas de acordo com estudos há alguns tópicos que são comuns quando questionados acerca do que é importante para a satisfação profissional.
- Equilíbrio entre a vida profissional e familiar.
- Possibilidade de progressão na carreira
- Formação contínua
- Compensação e reconhecimento pelo desempenho
- Bom ambiente de trabalho
E no seu caso? Sente-se bem na sua empresa? Sente que é parte de uma Equipa que “veste a camisola”, sente-se apoiado, motivado e reconhecido? Sente realização com o que faz, trabalha com um propósito e lhe oferecem oportunidades de evoluir?
Se a resposta foi não, talvez esteja na altura de mudar, porque afinal existem outras oportunidades de trabalho e vida só temos uma.
Susana Sobreira